domingo, 13 de fevereiro de 2011

THOSE DAYS..

É isso. Milhares de pessoas passam por você durante o longo, ou curto, curso da vida. Existem bilhões de pessoas no mundo, vivendo, ou não. Mas com o passar do tempo, percebi que apenas uma vai ser necessária. Alguns devem estar torcendo a boca e franzindo as sobrancelhas ao ler esse absurdo. E a família ? E os amigos ? Não, não é disso que eu estou falando.
Eu to falando daqueles momentos em que sentir fica em primeiro plano. Daqueles dias em que acordamos sem esperar nada da vida e como um presente, ganhamos a felicidade transformada. Daqueles dias em que até respirar poderia ficar em segundo plano, se o coração estiver pulsando por uma razão maior, além da biológica. Daqueles dias em que a lágrima proveniente de uma possível dor, por uma metamorfose, surge como alegria líquida. Daqueles dias em que o estômago fica recheado de borboletas, sem estarmos nauseados. Daqueles dias em que o suor escorre por entre os dedos e não é uma disfunção das glândulas sudoríparas. Daqueles dias em que os olhos brilham como diamantes. E os dias ficam mais coloridos. E as coisas ficam mais bonitas. E as pessoas mais aceitáveis. E os problemas, com certeza, menores.

Eu não quero desmerecer a presença insubstituível da família e dos amigos, mas esse assunto ‘é mais embaixo’. Quando conseguimos atingir tamanha glória, todos os dias tornam-se prazerosos. E os que porventura saiam desse caminho, passarão e serão automaticamente esquecidos.
Todos os dias deveriam ser como aqueles de quando estamos apaixonados. Ficamos cegos, o mundo pára, a atenção é desviada a todo momento para apenas um foco. E daí ? Se todos tivéssemos a sorte de estarmos apaixonados, cada pessoa no mundo teria atenção, preocupação, cuidado, amor por outra. Nada desse capitalismo irremediável importaria, os problemas não seriam tão desastrosos, a vida, para alguns, não seria tão amarga.
O amor nos traz o lado doce da vida e sinceramente, devemos aproveitá-lo até enjoar. Porque a vida é uma só, não se sabe o quanto ela durará e esse tipo de felicidade não se encontra em qualquer esquina.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Sweet.

Eu tô querendo entrar no ritmo do mundo. Mas parece que sempre acontece alguma coisa pra me tirar do eixo. Uma frustração, uma decepção, uma desilusão.. e mais um monte de “ãos” que insistem em me rondar.
Não pedi pra nascer tão recheada de inconstância, abarrotada de desorganizações sentimentais, coberta e polvilhada com emoção e apenas com uma pitada de razão. O desequilíbrio sempre esteve presente nessa enorme massa de um bolo que aparenta não ser apreciado por muitos.
Pior. De vez em quando, querem apreciar tanto, que esquecem que o bolo não é feito apenas de morangos e chocolate. Esquecem que ao comer o bolo, terão que provar também todos os ingredientes não tão saborosos assim. Pra compensar, a intenção é de que uma dose de boa aparência e felicidade líquida dissolvam todo amargo presente. Mas no final, a conta sai cara.
Poucos estão dispostos a pagar um pouco mais alto, para descobrir o que tem misturado nessa massa tão problemática. Preferem cupcakes, que comem muito rápido, facilmente e de uma vez só.
Mas ainda não perdi a fé de que um dia, a grandiosidade desse bolo, com uma vitrine de complexidades em sua fórmula, seja mais valorizada do que a simples boa aparência de brigadeiro. Pobre em ingredientes, fácil e cheio de fama por ser gostoso.

Stop Thinking.

Não pensar. Talvez essa seja a solução de inúmeros problemas aparentemente “não-resolvíveis”. Às vezes me pego quieta, calada, pensando. Simplesmente não faço idéia de como isso pode me levar a tomar decisões tão desnecessárias. Já cheguei a conclusão de que quem pensa muito, não faz.
Engraçado como pensamentos podem ser inibidores de ações, ao mesmo tempo em que um ato apenas defina tudo: pensar. E tudo piora quando estamos passando por momentos não tão saudáveis, sentimentalmente falando. Como quando parece que estamos sozinhos no mundo, como quando aquela dor, aquela carência que se torna tão grande, que não se deixar afogar é praticamente uma batalha épica.
E é exatamente nesses momentos que tentamos encontrar alternativas que expliquem tamanha tristeza e agonia. Mas será que existem motivos ? Sempre tive mania de achar que as coisas acontecem por algum motivo. Mas porque elas não podem acontecer basicamente pelo fato de que algum dia as coisas cairão por terra e nos daremos conta de que nem tudo é como pensamos ? Mas isso já é a tentativa de encontrar outra saída que explique, incoerentemente, sentimentos ruins.
E tudo isso eu só encontro pensando. Analisando minuciosamente cada detalhe, cada palavra, cada fato.
Uma vez dei um conselho pra uma amiga, contradizendo exatamente tudo o que faço: “Não pense. Deixe as coisas acontecerem e desvie sua atenção para coisas produtivas. Planos, sonhos, perspectivas. Seja você mesma em todos os seus pensamentos e não procure nada além do que realmente existe. Pensar tanto em coisas que muitas vezes nem são tão importantes só vai te levar a um caminho cada vez mais fundo, mais escuro..”.
E sair desse caminho não é fácil. Uma trajetória árdua, assim como permanecer nele. Portanto, pare de pensar. Leve a vida leve, não crie muitas expectativas, não seja muito exigente, não exceda. Não pense.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Northern Downpour.

Se toda nossa vida não fosse mais que um sonho, fantástica pose de cobiça. Então nós deveríamos ceder nossas jóias ao mar,
Pois diamantes parecem ser
Apenas cacos de vidro para mim.
Então ela disse que não podia acreditar.
A genialidade só aparece com as tempestades de legendárias línguas estrangeiras.
Olhos ágeis, e pulmões inundados.
A trovoada noroeste envia seu amor.
Hey Lua, por favor se esqueça de cair.
Hey Lua, não venha abaixo.
Cana de açúcar, na plácida manhã.
Cata-ventos, meu único e solitário.
A tinta escorre pela página, os dias se esvaem.
Olhe novamente para os pés planos e para aquele joelho curvo.
Eu senti falta de sua pele quando você estava no leste.
Você bateu seus calcanhares e torceu por mim.
É através de lábios alegres, feitos de fios,
que o frágil capricórnio desenreda palavras,
como traças em velhos cachecóis.
Eu sei que o mundo é cheio de falhas,
mas dissipe suas dores de cabeça, e chame-o de casa.
Hey Lua, por favor se esqueça de cair.
Hey Lua, não venha abaixo.
Cana de açúcar, na plácida manhã.
Cata-ventos, meu único e solitário.
Você é o que mais me importa.
Destinada àqueles que nunca bocejam.

Panic at the Disco!