sexta-feira, 29 de outubro de 2010

TRUTH.

Absolutas ou não, elas existem. Mas, de onde saem as verdades ? Como fazê-las, criá-las, torná-las verdade de fato ? Até onde vai a minha e qual o limite da sua verdade ? Não sei se existem respostas coerentes para essas questões, mas de fato, elas são daquele tipo chiclete mascado, que gruda na sola do sapato e não solta por um bom tempo.

Se falo de verdade, não posso deixar de citar as mentiras, que são como a gota de veneno que contamina um balde inteiro de pureza. Não sei se concordo quando dizem que meia verdade é como uma mentira inteira, mas venhamos e convenhamos, aquele que nunca mentiu que atire a primeira pedra.

Mentira, do latim “mentior”, significa “faltar à palavra dada, fingir, imitar, dizer falsamente”. Uma mentira é como um fato aleijado, ou seja, sem as pernas da verdade para se sustentar. E voltamos à verdade.

Sempre presente, constante, guia. Sem ela não existe justiça, caráter, sinceridade, honestidade. Não existe lealdade, fidelidade, realidade, autenticidade. Essas infinitas características que, no fundo, dependem de um só alicerce para se manter. Mas além de tudo isso, existe ainda um fator que nos leva a seguir com nossas relações, sejam elas amorosas, familiares ou amistosas: a confiança.
Como confiar em alguém, sem saber a veracidade dos fatos que o cercam ? Confiar é depositar fé, alimentar esperança, criar expectativas positivas, é ter coragem proveniente da convicção da palavra do outro. Que palavra ? Não é a que conforta, a que acalenta ou a que acalma. É aquela que dói, que nos faz enxergar o que preferimos manter às cegas, a que machuca sem feridas aparentes, a que implanta em nós mesmos questionamentos ímpares.
A verdade não existe para ser ofuscada por mentiras. Mentiras são caminhos paralelos que procuramos para fugir da obviedade que está diante dos nossos olhos. Mentiras existem para fingirmos que está tudo bem, quando o mundo está ruindo ao nosso redor. Mas não adianta. O sábio dito popular atesta que “mentira tem perna curta”. No fim, a verdade prevalecerá, independente da sua vontade. Querer nem sempre é poder, e nesse caso, querer a mentira só o levará ao ponto de partida, repetidas e incansáveis vezes, até que enxergue o que mais cedo ou mais tarde não deixará de surgir: a pura e simples verdade.

domingo, 26 de setembro de 2010

Words.

A linguagem verbal é um recurso exclusivamente humano, com a explícita finalidade de comunicação. Esquecendo os conceitos bioantropológicos, aonde essa famosa linguagem nos leva ? Até onde nos guiamos pelas palavras alheias e deixamos de lado as nossas próprias ordens interiores ?

A palavra pronunciada tem um peso. A depender do contexto, sua intensidade chega a ser um fardo para o que ouve, ou até mesmo para quem fala. A consistência do que falamos nos guia e nos define, perante todo um grupo social, que nos julga a cada momento. Mas será que estamos dizendo aquilo que nos reflete, ou aquilo que faria de nós uma pessoa com melhor julgamento diante da sociedade ?

Não sei precisar até onde vai a verdade de cada um, na realidade, acredito que ninguém saiba. Porém, depositamos tamanha confiança nas palavras daqueles por quem alimentamos prósperos sentimentos, que nem cogitamos a ínfima possibilidade de estarmos sendo gradativamente enganados. Daí vem o peso da palavra.

Sempre me disseram que palavra tem poder, mas só consegui entender esse conceito após ter passado por experiências que me afirmaram a veracidade desse fato.

Não é necessário muito para capturar essa informação e mantê-la em nossa memória, evocando-a sempre que preciso. Em cada conversa, cada ‘bom dia’, cada ‘eu te amo’, cada cumprimento vê-se nas palavras um pedacinho de personalidade, humor, empatia.. enfim. Nos caracterizamos imperceptivelmente a cada pronúncia e mostramos quem somos a partir do gesto mais comum do ser humano: falar.

Cabe a nós reparar naqueles que demonstram superficialidade e naqueles que aparentam profundidade, se suas palavras camuflam ou relatam quem eles realmente são. Passíveis de julgamentos, temos que fazê-lo com sabedoria e sem precipitação, para que no final, nossas palavras não se voltem contra nós mesmos.

E retornamos à palavra, nos caracterizando, continuamente. Você anda reparando no que tem dito ultimamente ?

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Tic-Tac.

Pra mim, tempo é uma coisa extremamente preciosa. Pensamos que ele é inesgotável, que sempre o teremos como um aliado e que sua longevidade é a solução dos nossos problemas. Mas o tempo torna tudo mais complicado, dependendo do ponto de vista. Ele simplesmente segue. Segue e não retorna, não espera, não acompanha. É ele que traz os arrependimentos à tona, a saudade, a nostalgia. É ele que revela os traumas, os medos, os segredos. É ele que cura, que faz esquecer, que enterra marcas que não queremos voltar a ver. Mas o tempo não é tudo. Não adianta querer pensar que com o passar do tempo, tudo vai melhorar, sem esforços. O tempo não é Deus, e mesmo que fosse, nada cai do céu. Dependemos do tempo pra tudo, e ser dependente de algo, nos torna altamente vulneráveis. Sem tempo não há vida. Mas então, o que fazer da vida enquanto há tempo ? E quanto tempo teremos ? Não acho que valha a pena questionar coisas futuras. O tempo está passando e o agora se torna ontem num piscar de olhos. Adoro pensar na filosofia de que temos que viver o agora e não deixar nada para depois. Mas pensar é fácil. Aplicar isso à vivência é extremamente complicado, porque somos criados aprendendo que a vida depende de planejamentos de coisas que serão realizadas futuramente. Comprar um carro, uma casa, constituir família, ser independente, se apaixonar, ter muitos amigos.. enfim. Mas e se daqui a trinta segundos, sua vida acabar ? Você vai morrer feliz ? Tenho pensado bastante nisso e cheguei a conclusão de que tenho que realizar minhas vontades como se eu fosse portadora de uma doença terminal, porém, sem as limitações, claro. Ainda tenho muito pra viver e tenho consciência disso, mas deixar tudo pra depois apenas me prende à inércia, me mantém parada dentro de casa, enquanto a vida acontece do outro lado da minha janela. Deixar o tempo passar deveria ser crime. A globalização nos mostra que estamos vivendo na era do desperdício. Mas nos focamos apenas em coisas materiais, orgânicas. E o tempo, passa a ser esquecido, despercebido.. continuamos nossas vidas vagarosamente, sem nos atentarmos para o fato de que o maior desperdício de todos não é de alimentos com produção exagerada, ou da água potável. É o do tempo. E se viver é aproveitar o tempo, não deixe ele passar. Não queira apenas existir, faça jus a sua curta temporada de vida e aproveite. Esqueça que você tem o amanhã e faça tudo hoje. Piegas, confesso, mas altamente necessário. Enfatizando a prolixidade, não esqueça que tudo passa, até uva passa.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Possibilities.

As pessoas dizem que para amar, precisamos de tempo, convivência, conhecimento. Será mesmo ? Eu não concordo com tudo isso. Se tiver intensidade e verdade envolvidas, o amor é consequência. Apaixonar-se não pode ser simples ? Não pode ser com um olhar, um toque, uma palavra ? Amar também. Talvez pensem que estou banalizando o amor, por este ser o maior, o magnânimo dos sentimentos. Não, eu não menosprezo nem muito menos banalizo o amor, ao contrário, idolatro, respeito, admiro. Só não acho que sejam necessários certos requisitos que, aos olhos dos outros, são imprescindíveis para amar. Às vezes acho que, por pensarem tanto dessa forma fixa e antiquada, o amor esteja sendo cada vez mais banalizado. Pode parecer antagônico, mas no fundo, faz sentido. Muitos contrários a esse pensamento passam a ser radicais e exageram na sua simplicidade para amar. Também sou contra esse radicalismo. Tudo necessita de equilíbrio. Nem muito, nem pouco. Nem 8, nem 80. Cada um tem sua forma de amar, seja escondido ou espalhafatoso, meigo ou rude. Como dizem, "os brutos também amam". Não podemos simplesmente julgar a velocidade ou a intensidade dos outros para amar. Não é porque somos de um jeito, que todos devem ser. Temos que respeitar as singularidades de cada um e não universalizar nosso próprio umbigo. Vemos nos filmes histórias incríveis e inspiradoras de romances inexplicáveis e cativantes, que permanecem no nosso pensamento durante dias. Depois, insistimos em voltar para a realidade e atestar que essas coisas só acontecem em histórias, afinal, são filmes. Mas, de onde é que os diretores, escritores e contadores de histórias tiveram inspiração para criar seus contos e filmes ? De romances reais, claro. Talvez eles tenham acrescentado uma pitada de fantasia, mas, essas coisas que achamos impossíveis, existem. É porque às vezes pensamos que o que não acontece conosco, pode não existir. Eu acredito que histórias de amor podem se construir em finais de semana, que o amor da sua vida pode estar atrás de você na fila da padaria, mas estamos ocupados demais com nossas "realidades", que esquecemos que viver também é sonhar. E sonhar não significa pensar no inalcançável. Sonhar é pensar alto, expressar desejos, vontades, nada de impossibilidades. Afinal, tudo é possível, o impossível só deve demorar uns 20 minutos a mais para ser conquistado.

Choices.

Quando problemas aparecem e coisas ruins acontecem, o que a maioria das pessoas faz é desistir. Ao meu ver, desistir é tão primário, comum, pequeno. Desistir é falta de esperança, fim de auto-confiança, é o sinal de que não há mais perseverança naquele que o faz. Muitas vezes, desistir é sinônimo de fraqueza. Mas existem aqueles momentos, em que não vemos outra alternativa a não ser jogar pra cima, deixar de lado, esquecer.. de fato, desistir. Mas nunca pensamos: desistir pra que ? Será que valem realmente a pena, todas as nossas desistências ? Algumas simples não fazem diferença nas nossas vidas. Mas e as grandes decisões ? E as mudanças, que podem ser bruscas ? Qualquer alteração na nossa vida nos causa impacto e uma desistência pode nos afetar ainda mais. A lei de Murphy diz que tudo que está ruim vai piorar. Eu não concordo totalmente. 50% de otimismo e 50% de pessimismo, por favor. Só saberemos o fim, se arriscarmos. Continuar pode ser difícil, árduo, mas escolher sempre o mais fácil é comodismo. Talvez o caminho das realizações seja aquele que mais passamos por sofrimentos. A recompensa é sempre proporcional ao esforço, por mais que nem sempre vejamos essa equivalência. O otimismo é mais complicado de ser mantido, a perseverança é conquistada aos poucos, a paciência é o dom que todos devemos ter. Desistir não deve ser a primeira opção. Tudo tem seu lado bom, é como uma bateria, há o pólo positivo e o negativo. Antes de tudo, deve-se colocar os fatos na balança e descobrir qual pólo pesa mais, e enfim, a partir daí decidir se é ou não passível de desistência. Mas tudo deve ser pensado até os mínimos detalhes, não podemos nos acomodar e tomar nossas decisões baseado no que aparentemente é melhor. Temos que ver o que é realmente bom pra nós. Seguir em frente pode parecer pior à primeira vista, mas e depois ? Posteriormente, podemos nos arrepender de certas escolhas. Mas é bom pensar que é melhor arriscar do que depois ficar confabulando como poderia ter acontecido se você tivesse tomado outra decisão. Como diria Jhonny Walker, keep walking.

The grass of neighbor.

Tentamos adivinhar o que se passa no pensamento dos outros e esquecemos de focalizar aquilo que se passa no nosso próprio pensamento. Chega a ser até engraçada a maneira como agimos ao esperar uma reação, uma resposta, um pronunciamento. Nos importamos demasiadamente com a opinião alheia, damos extrema atenção à vida dos outros e às vezes esquecemos do que é nosso. Muita gente consegue deixar a vida e a opinião sobre si mesmo em segundo plano. Talvez isso aconteça, porque temos medo do que possamos enxergar ao olhar pra dentro de nós. Como dizem, "a grama do vizinho é sempre mais verde", só que o que nunca atinge nossa percepção é pensar que talvez a nossa grama seja mais verde do que a do vizinho. Essa grama passa a se desbotar, quando damos importância a coisas inúteis, futilidades, sentimentos ruins. A vida exige preferências, listas de prioridades. Se damos prioridade ao pensamento dos "vizinhos", como cuidar da nossa grama para que ela seja exuberante ? Administrar um jardim não é nada fácil, requer inúmeros cuidados, atenção, dedicação, determinação, perseverança.. enfim. Com a vida, é a mesma coisa. Pensamos que certas coisas só acontecem conosco, que a culpa de tudo é nossa, que fazemos tudo errado, e mostramos aos outros uma imagem equivocada daquilo que podemos ser. Se olharmos bem, a vida dos outros é apenas uma vitrine. Todos gostam de expor aquilo que tem de melhor, ou o que queriam ter de melhor, mas, se você entrar na loja, nem tudo são flores. Todos temos dificuldades na vida, só não podemos nos deixar abater. Seguindo na clichê sequência, temos que cultivar o nosso jardim, para que borboletas venham até ele. Não adianta olhar para os outros e pensar que eles tem ou são tudo o que queríamos. Tem-se que correr atrás, buscar a felicidade. Sentar e esperar não nos traz nada, apenas confirma a lei da inércia. Esforços são necessários para termos a certeza de que posteriormente tenhamos sucesso e alcancemos os objetivos. Afinal, se existe o ônus, tem que existir um bônus.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Troubles.

Às vezes eu sinto a necessidade de me desligar de tudo e respirar fundo. Apenas respirar, sentir o ar entrando e saindo, vagarosamente, acompanhando a lentidão do pensamento que se processa, até voltar ao normal. Normal, que em alguns momentos se torna anormal e nos faz querer estar longe dos inúmeros problemas que nos acometem diariamente. Mas de vez em quando, não precisamos ter problemas para querer estar longe. Podemos ter tudo o que queremos, mas isso nem sempre é sinônimo de felicidade. Algumas vezes consigo achar até que pedimos certos problemas, para que, no final, tenhamos o gosto de alcançar o objetivo após ter perseverado e superado os obstáculos que se mantiveram à nossa frente. É como correr uma maratona: é sempre mais legal, quando o vencedor, antes de finalizar a corrida e atingir a almejada linha de chegada, tenha sentido dores, cansaço, limitações, para que no final, ele possa se orgulhar de si mesmo ao ver que conseguiu. Satisfação. É um dos requisitos para ser feliz, na minha opinião. Ao trazer essa analogia para a realidade, infelizmente vejo que não é tão simples. Quando pensamos em problemas passados, a metáfora se encaixa perfeitamente e o orgulho logo se manifesta. Mas, e os problemas atuais ? Em que fase da corrida estamos ? A parte da dor, do cansaço e das limitações parece não ter fim. Sabemos que irá passar, que mesmo que não termine bem ou exatamente como queríamos, vai passar. Mas até quando a dor vai perdurar ? Eu não posso responder a essa pergunta. Não posso porque não sei a resposta, e se eu soubesse, eu não teria problemas. Infelizmente, ou felizmente, a depender do ponto de vista, eu estou cheia deles. No fundo, nós crescemos aprendendo a nos desvencilhar dos problemas e a ausência deles nos incomoda. Pode parecer meio cético, sarcástico, ou qualquer outro nome que se dê a isso, mas pra mim, quem não tem problemas, no final das contas, não consegue ser feliz.

domingo, 30 de maio de 2010

Need.

Preciso de tantas coisas. Estudar, dar atenção aos amigos, me divertir, me distrair.
Mas como é possível administrar tudo num só dia ? Como é possível estabelecer relações harmônicas em ambientes diferentes ? Será que alguém consegue dormir tranquilamente à noite com a cabeça cheia de dúvidas, assim como a minha ? Essas são algumas perguntas que tento responder diariamente.

É engraçado que, quando nós achamos que tudo está ótimo e em perfeito estado, os defeitos começam a aparecer. Mas não aparecem gradualmente. Todos vêm como um turbilhão, te atropelando, sem como nem porquê. É um daqueles momentos em que nada faz sentido, tudo acontece simultaneamente, tentamos resolver no mesmo tempo, mas no fim das contas, tentar acompanhar a velocidade dos acontecimentos só nos atrapalha. "Resolver uma coisa de cada vez", penso. Olhando assim, até parece fácil. Mas não é. E quanto mais tentamos, mais parece que o peso do fardo aumenta. 
Ele não aumenta. Nós aumentamos. Eu aumento. Aumento minha paixão, meu desespero, minha falta de atenção, meu desleixo. E tento incansavelmente solucionar todas as minhas maximizações com o mesmo exagero. Tento esquecer a paixão drasticamente, tento estudar tudo de uma vez só, tento dar atenção a tudo e a todos, tento me desculpar das maneiras mais dramáticas.
Mas será mesmo que tudo isso resolve ? Sinto que minhas tentativas se tornam cada vez mais frustradas, e eu cada vez mais traumatizada. Penso em desistir, abandonar. Mas sei que não posso. Não posso deixar quem eu amo à deriva, não posso desonrar meus estudos, não posso ME deixar.
Sei que cada acontecimento e cada pensamento desses vai me trazer alguma coisa boa. É difícil de acreditar, mas vai. Por isso, busco na esperança de que o tempo cure algumas deixas e acredito na minha perseverança de que conseguirei passar por todos esse obstáculos momentâneos. Afinal, nada na vida é pra sempre.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Start.

Fim de um ciclo. Grande e aparentemente interminável ciclo, que hoje consegue trazer aos meus olhos lágrimas de saudade. Saudade de um tempo em que olhar para o lado significava conforto, ao saber que tínhamos amigos por perto. Alguns fiéis e eternamente leais, outros nem tanto. Mas enfim, ninguém é perfeito. Quando ainda nos víamos presos à todas aquelas regras impraticáveis, desejávamos que tudo acabasse o mais rápido possível. Assim que abrimos os olhos, nos deparamos com uma realidade que não é mais nossa. Passado. Acabou. E agora, o que vem pela frente ainda está meio nublado. Para alguns, a vida universitária é aquela vista apenas em filmes americanos, com muita farra, bebida e diversão. Pra mim, a vida universitária significa que dei um enorme passo à frente. Um passo decisivo, como nenhum outro dado anteriormente. Estar na faculdade, pra mim, mostra o quanto cresci e quanta responsabilidade ainda terei. Além da faculdade, consegui dar muitos outros passos, antes irrepreensivelmente fora de questão. Me livrei de amarras, desatei minhas mãos e descobri que minha mente estava presa num mundo que não era meu. Não foi difícil redefinir minha vida. Não posso me queixar das amizades atuais, que apenas me enriquecem diariamente. Não posso me queixar da família que tenho, não consigo me ver em nenhuma outra que não seja essa. Reconstruir foi a minha meta no ano que passou, e estou interna e externamente satisfeita pelo nível ao qual cheguei. Não falo de beleza, não falo de princípios, não falo de nada superficial. Falo de essência. Falo de uma alma que conseguiu se transformar, ou melhor, de uma alma que está em constante metamorfose, tentando evoluir sempre.