segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Start.

Fim de um ciclo. Grande e aparentemente interminável ciclo, que hoje consegue trazer aos meus olhos lágrimas de saudade. Saudade de um tempo em que olhar para o lado significava conforto, ao saber que tínhamos amigos por perto. Alguns fiéis e eternamente leais, outros nem tanto. Mas enfim, ninguém é perfeito. Quando ainda nos víamos presos à todas aquelas regras impraticáveis, desejávamos que tudo acabasse o mais rápido possível. Assim que abrimos os olhos, nos deparamos com uma realidade que não é mais nossa. Passado. Acabou. E agora, o que vem pela frente ainda está meio nublado. Para alguns, a vida universitária é aquela vista apenas em filmes americanos, com muita farra, bebida e diversão. Pra mim, a vida universitária significa que dei um enorme passo à frente. Um passo decisivo, como nenhum outro dado anteriormente. Estar na faculdade, pra mim, mostra o quanto cresci e quanta responsabilidade ainda terei. Além da faculdade, consegui dar muitos outros passos, antes irrepreensivelmente fora de questão. Me livrei de amarras, desatei minhas mãos e descobri que minha mente estava presa num mundo que não era meu. Não foi difícil redefinir minha vida. Não posso me queixar das amizades atuais, que apenas me enriquecem diariamente. Não posso me queixar da família que tenho, não consigo me ver em nenhuma outra que não seja essa. Reconstruir foi a minha meta no ano que passou, e estou interna e externamente satisfeita pelo nível ao qual cheguei. Não falo de beleza, não falo de princípios, não falo de nada superficial. Falo de essência. Falo de uma alma que conseguiu se transformar, ou melhor, de uma alma que está em constante metamorfose, tentando evoluir sempre.